Um leitor escreveu: “Acabei de terminar o livro Heaven [O Céu]. Como seguidor de Jesus, achei o livro inspirador e bem documentado. Fiquei desapontado por não haver mais menções sobre o Céu imediato, aquele logo após deixarmos esta terra. Acabei de perder um ente querido e gostaria de mais informações e clareza sobre o que ela está vivenciando. Li três livros sobre o Céu, li muito sobre a Nova Terra, mas pouco sobre o que acontece assim que morremos.”
Embora meu livro Céu se concentre na Nova Terra, no Céu eterno, alguns capítulos tratam do Céu presente. Quando um cristão morre, ele entra no que os teólogos chamam de “estado intermediário”, um período de transição entre a vida na Terra e a futura ressurreição à vida na Nova Terra. Normalmente, quando falamos de “Céu”, queremos dizer o lugar para onde os cristãos vão quando morrem. Quando dizemos aos nossos filhos “Vovó agora está no Céu”, estamos nos referindo ao que prefiro chamar de Céu presente (a palavra intermediário às vezes confunde as pessoas).
Muitas vezes, os livros sobre o Céu deixam de diferenciar entre os estados intermediários e eternos, usando uma única palavra — Céu — englobando tudo. Mas esta é uma diferença importante. O Céu presente é um alojamento temporário, um lugar de espera (delicioso!) até o retorno de Cristo e nossa ressurreição corporal. O Céu eterno, a Nova Terra, é o nosso verdadeiro lar, o lugar onde viveremos para sempre com nosso Senhor e uns com os outros. As grandes promessas redentoras de Deus serāo cumpridas finalmente na Nova Terra, não no Céu presente. Os filhos de Deus estão destinados à vida como seres ressurretos em uma Terra ressurreta.
Embora o Céu presente não seja nosso destino final, é um lugar maravilhoso, e é compreensível que quando entes queridos morrem em Cristo nos perguntemos como é a vida deles lá. Baseados no ensino da Bíblia, sabemos várias coisas: o Céu presente é um lugar real (e possivelmente físico). Aqueles que amam Jesus e confiam Nele para sua salvação estarão com Ele lá, juntamente com todos os que morreram em Cristo. Estaremos acordados e conscientes. E pelo fato de que estaremos com Jesus, é “incomparavelmente melhor” do que a nossa existência atual.
O Céu Presente É Um Lugar Real
O Céu é normalmente invisível para quem vive na Terra. Para quem tem dificuldade de aceitar a realidade de um reino invisível, considere a perspectiva de pesquisadores que defendem a teoria das cordas. Cientistas das universidades de Yale, Princeton e Stanford, entre outros, postularam que há dez dimensões inobserváveis e provavelmente um número infinito de universos imperceptíveis. Se alguns cientistas acreditam nisto, por que alguém deveria se sentir inseguro por acreditar em uma dimensão inobservável, um reino contendo anjos, Céu e Inferno?
A Bíblia ensina que às vezes pessoas têm permissão para ver o Céu. Quando Estêvão estava sendo apedrejado por causa de sua fé em Cristo, ele viu o Céu: “Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (At 7.55-56). As Escrituras não nos dizem que Estêvão sonhou com isto, mas que ele realmente viu isto.
Wayne Grudem escreveu que Estêvāo “não viu meros símbolos de um estado de existência. Antes, seus olhos foram abertos para ver uma dimensão espiritual de realidade que Deus encobre de nós na época actual, uma dimensão que, no entanto, realmente existe no espaço/tempo do nosso universo, e na qual Jesus vive agora em seu corpo físico ressurreto, aguardando agora mesmo o dia em que retornará à Terra.”
Concordo com Grudem que o Céu atual é um universo espaço/tempo. Ele pode estar certo de que é parte do nosso próprio universo, ou pode ser que seja parte de um universo diferente. Pode ser um universo ao lado que normalmente está encoberto, mas às vezes se abre. Em qualquer caso, não creio que Deus deu a Estêvão uma visão a fim de fazer o Céu parecer físico. Em vez disso, Ele permitiu que Estêvão visse o Céu presente, que era (e é) físico.
O profeta Eliseu pediu a Deus para dar a seu servo, Geazi, um vislumbre do reino invisível. Ele orou: “Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” (2Rs 6.17). Atos 7 e 2 Reis 6 são relatos narrativos, de natureza histórica, não literatura apocalíptica ou parabólica. O texto é claro que Estêvão e Geazi viram coisas reais.
O Céu Presente Pode Ser Um Lugar Físico
Ao examinarmos as Escrituras, vemos evidências consideráveis de que o Céu presente tem propriedades físicas. Elas nos dizem que há pergaminhos no Céu, anciãos que têm rosto, mártires que vestem roupas, e até pessoas com ramos de palma nas mãos. Há instrumentos musicais no Céu presente, cavalos entrando e saindo do Céu, e uma águia pairando sobre o Céu.
Muitos comentaristas descartam a possibilidade de que qualquer uma destas passagens em Apocalipse possa ser tomada literalmente, com base no fato de que o livro do Apocalipse é literatura apocalíptica, que se caracteriza pelas figuras de linguagem. Mas o livro de Hebreus não é apocalíptico, é epistolar. A Moisés foi dito, ao edificar o Tabernáculo terreno: “Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte”. Como o que foi construído seguindo um padrão era físico, nāo poderia isto sugerir que o original também era físico? O livro de Hebreus parece dizer que devemos ver a Terra como o reino derivado e o Céu como o reino fonte.
Ao contrário de Deus e dos anjos, que são em essência espíritos (Jo 4.24; Hb 1.14), os seres humanos são por natureza, tanto espirituais como físicos. Deus não criou Adão como espírito e o colocou dentro de um corpo. Ao contrário, Ele primeiro criou um corpo, em seguida, lhe soprou nas narinas o espírito. Nunca houve um momento em que um ser humano existiu sem um corpo. Não somos essencialmente espíritos que habitam corpos; somos essencialmente tāo físicos quanto espirituais. Não podemos ser totalmente humanos sem um espírito e um corpo.
Dadas as consistentes descrições físicas do Céu intermediário e daqueles que ali habitam, parece possível — embora isso seja certamente discutível — que entre nossa vida terrena e nossa ressurreição corporal Deus nos conceda alguma forma física temporária que nos permita funcionar como seres humanos enquanto estivermos nesse estado antinatural “entre corpos” aguardando a ressurreição corporal. Se assim for, isto explicaria as repetidas representações de pessoas que estão no Céu ocupando espaço físico, vestindo roupas e coroas, carregando ramos e tendo partes do corpo (por exemplo, o dedo de Lázaro em Lc 16.24).
Um artigo fundamental da fé cristã é que Cristo ressurreto agora habita no Céu. A Palavra nos diz que Seu corpo ressurreto na Terra era físico e que este mesmo Jesus físico ascendeu ao Céu, de onde um dia retornará à Terra. Portanto, parece ser indiscutível que há pelo menos um corpo físico no Céu atual. Se o corpo de Cristo no Céu intermediário tem propriedades físicas, é lógico que outros no Céu poderiam ter formas físicas também, mesmo que apenas temporárias.
Para evitar mal-entendidos, preciso enfatizar um ponto doutrinário crítico. De acordo com as Escrituras, não recebemos corpos de ressurreição imediatamente após a morte. A ressurreição não acontece uma de cada vez. Se tivermos formas intermediárias no Céu intermediário, elas não serão nossos verdadeiros corpos, que deixamos para trás na morte.
Portanto, se nos forem dadas formas materiais quando morrermos (e estou sugerindo esta possibilidade somente por causa das muitas Escrituras que retratam formas físicas no Céu presente), elas seriam vasos temporários. Qualquer compreensão de pessoas que tenham formas físicas imediatamente após a morte que nos leve a concluir que a futura ressurreição já aconteceu ou é desnecessária é enfaticamente errada!
Estaremos Juntos com Cristo e Com os que O Amam
Por mais dolorosa que seja a morte e por ser tão correto lamentá-la (tal como Jesus fez), nós nesta Terra moribunda podemos também nos alegrar por nossos entes queridos que estão na presença de Cristo. Quando morrem, os que sāo cobertos pelo sangue de Cristo estāo vivenciando a alegria da presença de Cristo num lugar tão maravilhoso que Cristo o chamou de Paraíso.
Como nos diz o apóstolo Paulo, embora naturalmente lamentemos por perder entes queridos, não devemos nos entristecer como os demais que não têm esperança” (1Ts 4.13). Nossa separação não é o fim da nossa relação, apenas uma interrupção. Não os “perdemos”, porque sabemos onde estão. E a Palavra nos diz que um dia em uma magnífica reunião, eles e nós “estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” (1Ts 4.17-18).
Pedro nos diz: “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1.11). Sem dúvida, Deus será o principal responsável por nos dar as boas-vindas. Todos os olhos estarão em Jesus, o Centro Cósmico, a Fonte de toda a Felicidade. Mas não faria sentido que os acolhedores secundários fossem o povo de Deus, aqueles que tocaram nossas vidas e cujas vidas nós tocamos? Não seria uma grande festa de boas-vindas?
Jesus disse: “Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10). Os anjos provavelmente se alegram também, mas os que vivem na presença dos anjos aos quais Jesus se refere provavelmente sāo o povo de Deus, os seres humanos redimidos, alguns dos quais conheciam, amaram e oraram pela conversão destes pecadores, e agora estão vendo as respostas às suas orações. Nāo seriam estas pessoas uma parte natural do comitê de boas-vindas quando entramos no Céu?
Imagino reuniões gloriosas e apresentações incríveis, conversas e narrativas em banquetes e passeios, histórias incríveis e riso longo e duradouro, o riso de Jesus sendo o mais contagioso.
Quando entrar no Céu, mal posso esperar para ser abraçado por minha querida mãe, que levei a Cristo quando eu estava no ensino médio e era recém-convertido. Então imagino a mamãe, aquele sorriso no seu rosto, me apresentando meu sexto neto. Em 2013, minha filha Angie teve um aborto espontâneo. Aquele foi um momento muito doloroso para nossa família, mas mais uma razão pela qual estou ansioso pelo Céu. Quando isto acontecer, olharei para Jesus afirmando minha gratidão a Aquele com mãos marcadas por cravos e continuarei abraçando meu neto e minha mãe.
Os que estão no Céu Presente Estão Despertos e Vivos
Ser recebido com “uma rica recepção” requer que, na morte, estejamos acordados e conscientes. Cristo retratou Lázaro e o homem rico como conscientes no Céu e no Inferno imediatamente após a sua morte (Lc 16.22-31). Jesus disse ao ladrão moribundo na cruz: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). O apóstolo Paulo disse que morrer era estar com Cristo (Fp 1.23), e estar ausente do corpo era estar presente com o Senhor (2Co 5.8). Depois de suas mortes, os mártires são retratados no Céu, clamando a Deus para trazer justiça à Terra (Ap 6.9-11).
Estas passagens ensinam claramente que não existe tal coisa como “sono da alma”, ou um longo período de inconsciência entre a vida na Terra e a vida no Céu. A expressāo “os que dormem” (em 1Ts 4.13 e passagens semelhantes) é um eufemismo para a morte, descrevendo a aparência externa do corpo. A saída do espírito do corpo acaba com a nossa existência na Terra. A parte física de nós “dorme” até a ressurreição, enquanto a parte espiritual de nós se desloca para uma existência consciente no Céu (Dn 12.2-3; 2Co 5.8).
Todas as referênciaa em Apocalipse a seres humanos falando e adorando no Céu antes da ressurreição dos mortos demonstra que nossos seres espirituais estão conscientes, não dormindo, após a morte. (Quase todos os que crêem no sono da alma crêem que as almas são desencarnadas na morte; não está claro como seres desencarnados podem dormir, visto que dormir envolve um corpo físico.)
Como seres despertos e conscientes, os que estão no Céu são livres para fazer perguntas a Deus (Ap 6.9-11), o que significa que eles têm uma audiência com Deus. Também significa que eles podem aprender e de fato aprendem. Eles não estariam fazendo perguntas se já soubessem as respostas. No Céu, as pessoas desejam a compreensão e a buscam. O tempo também existe no Céu presente. As pessoas estão cientes da passagem do tempo e estão ansiosas para o próximo dia do julgamento do Senhor. Deus responde que os mártires devem repousar "ainda por pouco tempo”. Esperar requer a passagem do tempo. Não vejo razão para crer que as realidades desta passagem se apliquem apenas a um grupo de mártires e a ninguém mais no Céu. Devemos presumir que o que é verdade sobre eles é também verdade para nossos entes queridos já lá, e será verdade para nós quando morrermos.
A Vida na Presença de Cristo é Incomparavelmente Melhor
Paulo diz: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro... tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.21, 23). A vida no Céu para onde vamos quando morremos, onde habitaremos antes de nossa ressurreição corporal, é “incomparavelmente melhor” do que viver aqui na Terra sob a Maldição, longe da presença direta de Deus.
Paulo falava por experiência própria. Ele tinha realmente sido levado ao Céu anos antes de escrever estas palavras (2Co 12.1-6). Ele sabia em primeira mão o que o esperava no Paraíso. Ele não estava especulando quando chamou de lucro. Estar na própria presença de Jesus, desfrutando das maravilhas de Seu ser, e estar com o povo de Deus e não mais sujeito ao pecado e ao sofrimento? “Incomparavelmente melhor” atenua a realidade!
O rei Davi escreveu: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16.11). Na presença de Deus, não há nada além de alegria. Aqueles que vivem na presença de Cristo sentem enorme felicidade em adorar a Deus e viver como seres justos em comunhão rica em um ambiente sem pecado. E pelo fato de que Deus está continuamente operando na Terra, os santos observando do Céu têm muito pelo que louvar, incluindo Deus atraindo as pessoas na Terra para Si mesmo (Lc 15.7, 10).
Nossos entes queridos agora no Céu vivem em um lugar onde a alegria é o ar que respiram, e nada que vejam na Terra pode diminuir sua alegria. Sua alegria não depende de ignorância, mas de perspectiva, vinda do Cristo em cuja presença vivem. Se você está seguindo Jesus, sem dúvida seus entes queridos estão se regozijando sobre você. A grande nuvem de testemunhas de Hebreus 12 está agora nas arquibancadas do Céu observando-o na mesma pista na qual correram anteriormente. Eles estão ansiosos para ouvir Jesus dizer “Muito bem” para você, e podem também elogiá-lo pelo seu serviço a Jesus!
Mas aqueles que estão no Céu presente também aguardam ansiosos o retorno de Cristo, sua própria ressurreição corporal, o julgamento final e a criaçāo da Nova Terra a partir das ruínas da antiga. Só então e ali, no Céu eterno, o lar que Jesus está preparando para nós, todo o mal, sofrimento e tristeza serão lavados pela mão de Deus. Só então vivenciaremos a plenitude da alegria pretendida por Deus e comprada para nós por Cristo, a quem louvaremos para sempre!
Sobre o Autor:
Randy Alcorn (@randyalcorn) é autor de cinquenta livros e fundador e diretor do Eternal Perspective Ministries.
Descrição do Artigo (SEO): O Céu presente é um alojamento temporário, um lugar de espera (delicioso!) até o retorno de Cristo e nossa ressurreição corporal.
Traduzido por: Luiz Santana
A reader wrote, “I just finished the book Heaven. Knowing Jesus, I found it inspiring and well documented. I was disappointed there wasn’t more mentioned about the immediate Heaven, the one right after we leave this earth. I just lost a loved one and would like more information and clarity about what she is experiencing. I have read three books on Heaven, read a lot about the New Earth, but little about what happens when I die.”
While my book Heaven centers on the New Earth, the eternal Heaven, a few chapters deal with the present Heaven. When a Christian dies he enters what theologians call the “intermediate state,” a transitional period between life on Earth and the future resurrection to life on the New Earth. Usually when we talk about “Heaven,” we mean the place that Christians go when they die. When we tell our children “Grandma’s now in Heaven,” we’re referring to what I prefer to call the present Heaven (the word intermediate sometimes confuses people).
Books on Heaven often fail to distinguish between the intermediate and eternal states, using the one word—Heaven—as all-inclusive. But this is an important distinction. The present Heaven is a temporary lodging, a waiting place (a delightful one!) until the return of Christ and our bodily resurrection. The eternal Heaven, the New Earth, is our true home, the place where we will live forever with our Lord and each other. The great redemptive promises of God will find their ultimate fulfillment on the New Earth, not in the present Heaven. God’s children are destined for life as resurrected beings on a resurrected Earth.
Though the present Heaven is not our final destination, it’s a wonderful place, and it’s understandable that those who have had loved ones die in Christ wonder what life is like for them there. Based on the Bible’s teaching, we know several things: the present Heaven is a real (and possibly physical) place. Those who love Jesus and trust Him for their salvation will be with Him there, together with all who have died in Christ. We will be awake and cognizant. And because we will be with Jesus, it is “better by far” than our present existence.
The Present Heaven Is a Real Place
Heaven is normally invisible to those living on Earth. For those who have trouble accepting the reality of an unseen realm, consider the perspective of researchers who embrace string theory. Scientists at Yale, Princeton, and Stanford, among others, have postulated that there are ten unobservable dimensions and likely an infinite number of imperceptible universes. If this is what some scientists believe, why should anyone feel self-conscious about believing in one unobservable dimension, a realm containing angels and Heaven and Hell?
The Bible teaches that sometimes humans are allowed to see into Heaven. When Stephen was being stoned because of his faith in Christ, he gazed into Heaven: “Stephen, full of the Holy Spirit, looked up to heaven and saw the glory of God, and Jesus standing at the right hand of God. ‘Look,’ he said, ‘I see heaven open and the Son of Man standing at the right hand of God’” (Acts 7:55-56). Scripture tells us not that Stephen dreamed this, but that he actually saw it.
Wayne Grudem points out that Stephen “did not see mere symbols of a state of existence. It was rather that his eyes were opened to see a spiritual dimension of reality which God has hidden from us in this present age, a dimension which none the less really does exist in our space/time universe, and within which Jesus now lives in his physical resurrected body, waiting even now for a time when he will return to earth.”
I agree with Grudem that the present Heaven is a space/time universe. He may be right that it’s part of our own universe, or it may be in a different universe. It could be a universe next door that’s normally hidden but sometimes opened. In any case, I don’t think God gave Stephen a vision in order to make Heaven appear physical. Rather, He allowed Stephen to see a present Heaven that was (and is) physical.
The prophet Elisha asked God to give his servant, Gehazi, a glimpse of the invisible realm. He prayed, “‘O Lord, open his eyes so he may see.’ Then the Lord opened the servant’s eyes, and he looked and saw the hills full of horses and chariots of fire all around Elisha” (2 Kings 6:17). Acts 7 and 2 Kings 6 are narrative accounts, historical in nature, not apocalyptic or parabolic literature. The text is clear that Stephen and Gehazi saw real things.
The Present Heaven May Be a Physical Place
If we look at Scripture, we’ll see considerable evidence that the present Heaven has physical properties. We’re told there are scrolls in Heaven, elders who have faces, martyrs who wear clothes, and even people with palm branches in their hands. There are musical instruments in the present Heaven, horses coming into and out of Heaven, and an eagle flying overhead in Heaven.
Many commentators dismiss the possibility that any of these passages in Revelation should be taken literally, on the grounds that the book of Revelation is apocalyptic literature, which is known for its figures of speech. But the book of Hebrews isn’t apocalyptic, it’s epistolary. Moses was told, in building the earthly Tabernacle, “Be sure that you make everything according to the pattern I have shown you here on the mountain.” If that which was built after the pattern was physical, might it suggest the original was also physical? The book of Hebrews seems to say that we should see Earth as a derivative realm and Heaven as the source realm.
Unlike God and the angels, who are in essence spirits (John 4:24; Hebrews 1:14), human beings are by nature both spiritual and physical. God did not create Adam as a spirit and place it inside a body. Rather, He first created a body, then breathed into it a spirit. There was never a moment when a human being existed without a body. We are not essentially spirits who inhabit bodies; we are essentially as much physical as we are spiritual. We cannot be fully human without both a spirit and a body.
Given the consistent physical descriptions of the intermediate Heaven and those who dwell there, it seems possible—though this is certainly debatable—that between our earthly lives and our bodily resurrection God may grant us some temporary physical form that will allow us to function as human beings while in that unnatural state “between bodies” awaiting our bodily resurrection. If so, that would account for the repeated depictions of people now in Heaven occupying physical space, wearing clothes and crowns, carrying branches, and having body parts (for example, Lazarus’s finger in Luke 16:24).
A fundamental article of the Christian faith is that the resurrected Christ now dwells in Heaven. We are told that His resurrected body on Earth was physical and that this same, physical Jesus ascended to Heaven, from where He will one day return to Earth. It seems indisputable, then, to say that there is at least one physical body in the present Heaven. If Christ’s body in the intermediate Heaven has physical properties, it stands to reason that others in Heaven could have physical forms as well, even if only temporary ones.
To avoid misunderstanding, I need to emphasize a critical doctrinal point. According to Scripture, we do not receive resurrection bodies immediately after death. Resurrection does not happen one at a time. If we have intermediate forms in the intermediate Heaven, they will not be our true bodies, which we leave behind at death.
So if we are given material forms when we die (and I’m suggesting this possibility only because of the many Scriptures depicting physical forms in the present Heaven), they would be temporary vessels. Any understanding of people having physical forms immediately after death that would lead us to conclude that the future resurrection has already happened or is unnecessary is emphatically wrong!
We’ll Be Together with Christ and Those Who Love Him
As painful as death is, and as right as it is to grieve it (Jesus did), we on this dying Earth can also rejoice for our loved ones who are in the presence of Christ. When they die, those covered by Christ’s blood are experiencing the joy of Christ’s presence in a place so wonderful that Christ called it Paradise.
As the apostle Paul tells us, though we naturally grieve at losing loved ones, we are not “to grieve like the rest of men, who have no hope” (1 Thessalonians 4:13). Our parting is not the end of our relationship, only an interruption. We have not “lost” them, because we know where they are. And one day, we’re told, in a magnificent reunion, they and we “will be with the Lord forever. Therefore encourage each other with these words” (1 Thessalonians 4:17-18).
Peter tells us, “You will receive a rich welcome into the eternal kingdom of our Lord and Savior Jesus Christ” (2 Peter 1:11). God is the main welcomer, no doubt. All eyes are on Jesus, the Cosmic Center, the Source of all Happiness. But wouldn’t it make sense for the secondary welcomers to be God’s people, those who touched our lives, and whose lives we touched? Wouldn’t that be a great greeting party?
Jesus said, “There is rejoicing in the presence of the angels of God over one sinner who repents” (Luke 15:10). Angels probably rejoice too, but the ones living in the presence of angels Jesus refers to are likely God’s people, redeemed human beings, some of who knew and loved and prayed for the conversion of these sinners, and now are beholding the answers to their prayers. Wouldn’t such people be a natural part of the welcome committee when we enter Heaven?
I envision glorious reunions and amazing introductions, conversations and storytelling at banquets and on walks, jaws dropping and laughter long and hard, the laughter of Jesus being the most contagious.
When I enter Heaven, I look forward to being hugged by my dear mother, who I led to Christ when I was a new believer in high school. Then I picture Mom, that broad smile on her face, presenting me with my sixth grandchild. In 2013 my daughter Angie had a miscarriage. This was a very painful time for our family, but one more reason I am looking forward to Heaven. When this happens, I will look at Jesus, nodding my thanks to the One with the nail-scarred hands, and I will not let my grandchild or my mother go.
Those in the Present Heaven Are Awake and Alive
That we’ll receive “a rich welcome” necessitates that at death, we will be awake and conscious. Christ depicted Lazarus and the rich man as conscious in Heaven and Hell immediately after they died (Luke 16:22-31). Jesus told the dying thief on the cross, “Today you will be with me in paradise” (Luke 23:43). The apostle Paul said that to die was to be with Christ (Philippians 1:23), and to be absent from the body was to be present with the Lord (2 Corinthians 5:8). After their deaths, martyrs are pictured in Heaven, crying out to God to bring justice on Earth (Revelation 6:9-11).
These passages clearly teach that there is no such thing as “soul sleep,” or a long period of unconsciousness between life on Earth and life in Heaven. The phrase “fallen asleep” (in 1 Thessalonians 4:13 and similar passages) is a euphemism for death, describing the body’s outward appearance. The spirit’s departure from the body ends our existence on Earth. The physical part of us “sleeps” until the resurrection, while the spiritual part of us relocates to a conscious existence in Heaven (Daniel 12:2-3; 2 Corinthians 5:8).
Every reference in Revelation to human beings talking and worshiping in Heaven prior to the resurrection of the dead demonstrates that our spiritual beings are conscious, not sleeping, after death. (Nearly everyone who believes in soul sleep believes that souls are disembodied at death; it’s not clear how disembodied beings could sleep, because sleeping involves a physical body.)
As awake and conscious beings, those in Heaven are free to ask God questions (Revelation 6:9-11), which means they have an audience with God. It also means they can and do learn. They wouldn’t be asking questions if they already knew the answers. In Heaven, people desire understanding and pursue it. There is also time in the present Heaven. People are aware of time’s passing and are eager for the coming day of the Lord’s judgment. God answers that the martyrs must “rest a little longer.” Waiting requires the passing of time. I see no reason to believe that the realities of this passage apply only to one group of martyrs and to no one else in Heaven. We should assume that what is true of them is also true of our loved ones already there, and it will be true of us when we die.
Life in Christ’s Presence Is Better by Far
Paul says, “For to me, to live is Christ and to die is gain.… I desire to depart and be with Christ, which is better by far” (Philippians 1:21, 23). Life in the Heaven we go to when we die, where we’ll dwell prior to our bodily resurrection, is “better by far” than living here on Earth under the Curse, away from the direct presence of God.
Paul spoke from experience. He had actually been taken into Heaven years before writing those words (2 Corinthians 12:1–6). He knew firsthand what awaited him in Paradise. He wasn’t speculating when he called it gain. To be in the very presence of Jesus, enjoying the wonders of His being, and to be with God’s people and no longer subject to sin and suffering? “Better by far” is an understatement!
King David wrote, “In Your presence is fullness of joy; at Your right hand are pleasures forevermore” (Psalm 16:11, NKJV). In the presence of God, there’s nothing but joy. Those who live in the presence of Christ find great happiness in worshiping God and living as righteous beings in rich fellowship in a sinless environment. And because God is continuously at work on Earth, the saints watching from Heaven have a great deal to praise Him for, including God’s drawing people on Earth to Himself (Luke 15:7, 10).
Our loved ones now in Heaven live in a place where joy is the air they breathe, and nothing they see on earth can diminish their joy. Their joy doesn’t depend on ignorance, but perspective, drawn from the Christ in whose presence they live. If you’re following Jesus, no doubt your loved ones there are rejoicing over you. The great cloud of witnesses of Hebrews 12 is now up in the stands of Heaven and watching you on the same playing field they once ran on. They’re looking forward to hearing Jesus say “Well done” to you, and they may also commend you for your service of Jesus!
But those in the present Heaven are also looking forward to Christ’s return, their bodily resurrection, the final judgment, and the fashioning of the New Earth from the ruins of the old. Only then and there, in the eternal Heaven, the home Jesus is preparing for us, will all evil and suffering and sorrow be washed away by the hand of God. Only then and there will we experience the fullness of joy intended by God and purchased for us by Christ, who we will forever praise!
See also my article Can We Or Should We Talk to Loved Ones in Heaven? and my book Heaven.
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